CB.PODER

Jungmann: Brasil tem capacidade de não repetir Mariana e Brumadinho

O diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, destaca que setor de mineração se empenha em superar e não permitir que desastres como os das cidades mineiras

Não existe futuro para o setor ou atividade que não aderir à sustentabilidade. É o que defende o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann. O entrevistado do programa CB.Poder — parceria entre o Correio e o TV Brasília —  acredita que a mineração está firmemente voltada a caminhos de sustentabilidade e respeito à natureza. 

Frente ao cenário, Jungmann revela que o caminho das mineradoras está voltado para a segurança de barragens. Há três níveis de barragens no Brasil, onde os níveis dois e três apresentam problemas maiores. “Não tem nenhuma barragem hoje no Brasil nos níveis dois e três que tenham pessoas morando abaixo. São as chamadas zonas de autossalvamento, onde as pessoas saem todas dali”, reforça. 

"Além disso, você tem um monitoramento por câmera e sensores 24 horas por dia. Eu posso dizer que hoje a gente tem capacidade de fazer uma previsão e não repetir Mariana e Brumadinho, que de fato foram tragédias terríveis e que o setor de fato se empenha em superar e não permitir que elas voltem a ocorrer”, complementa. 

Assista à entrevista na íntegra: 

Futuro da mineração 

“O Brasil tem a matriz energética mais renovável do mundo”. Raul Jungmann explica que não há transição para uma economia de baixo carbono se não contarmos com os minerais críticos, que são aqueles que servem para fazer a bateria de carro elétrico, aerogerador, placa voltaica. 

“Não se consegue sair dessa situação que nos preocupa e que gera os eventos extremos como a gente teve no Rio Grande do Sul sem esses minerais. O Brasil tem um enorme potencial, mas ele precisa de um rumo em relação a isso, porque o mundo inteiro está querendo isso”, analisa o diretor. 

Raul Jungmann reitera que o país tem um passaporte para o futuro que precisa ser aproveitado. “Mas para isso precisa de políticas voltadas para o setor, porque aí vamos contribuir não só para nosso saldo comercial, geração de empregos e impostos, mas como para a própria humanidade”, finaliza. 

* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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