O União Brasil saiu em defesa do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, nesta quarta-feira (12/6). Ele foi indiciado pela Polícia Federal por suposta participação no desvio de emendas parlamentares, que teriam sido usadas para beneficiar propriedades de sua família.
Segundo a legenda, à qual Juscelino é filiado e pela qual foi eleito deputado federal pelo Maranhão, "suspeitas são suspeitas" e o ministro deve ter acesso ao amplo direito de defesa. O partido também ecoou as críticas de Juscelino à atuação da PF, acusando a investigação de ser parcial e motivada politicamente.
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"O União Brasil reforça seu total apoio ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, diante do indiciamento por parte da Polícia Federal. Suspeitas são apenas suspeitas, e o partido não vai admitir pré-julgamentos ou condenações antecipadas sobre o ministro. Indiciamento não deve significar culpa, e o princípio da presunção de inocência e o devido processo legal devem ser rigorosamente respeitados", diz a nota, assinada pelo presidente nacional da legenda, Antônio Rueda.
Críticas à atuação da PF
A sigla aponta ainda que pode haver atuação parcial da PF nas investigações, já que o caso só envolveu Juscelino após sua nomeação ao Ministério das Comunicações. O União também apontou "vazamentos seletivos e descontextualizados" durante o processo. A divulgação de novas descobertas dos investigadores pela imprensa vem causando um série de crises para a pasta.
A legenda elogiou a atuação do ministro, classificando-o como "um dos grandes quadros políticos do país. Sem citar a Operação Lava-Jato, com a qual Juscelino comparou a atuação da Policia Federal no caso, o União também alertou para o resultado de investigações passadas.
"Recordemos que investigações semelhantes no passado levaram a condenações injustas. Portanto, reiteramos a importância de respeitar o amplo direito de defesa, que até o momento não foi devidamente observado", diz a nota. O partido reiterou sua confiança na Justiça, "único órgão competente para julgar".