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Bolsonaro sobre avanço da ultradireita na Europa: 'Brasil vai ser o próximo'

Ex-presidente comemora avanço da ultradireita no Parlamento Europeu e afirma que país entrará "nessa corrente do bem"

O ex-presidente Jair Bolsonaro comemorou, nesta segunda-feira, por meio das redes sociais, a derrota do presidente da França, Emmanuel Macron, no Parlamento Europeu. O ex-chefe do Executivo disse que o Brasil será o próximo país a entrar "nessa corrente do bem".

"A Europa se cansou da esquerda, de países sem fronteiras, da agenda 2030, ESG, descarbonização, ideologia de gênero, libertinagens... Os valores da família, respeito à propriedade privada, legítimo direito à defesa, liberdade de expressão… falaram mais alto no momento certo", escreveu no X, antigo Twitter. "Estados Unidos com Trump em novembro/2024 e Brasil em 2026 serão os próximos nessa grande corrente do bem", acrescentou.

Com a nova composição, os deputados de direita e centro-direita serão 395 do total de 720, com domínio de 54,9% no Parlamento Europeu.

No domingo, Bolsonaro também havia comentado o resultado em tom semelhante, ressaltando que a "Europa mostra que a vontade popular prevalece sem determinadas intromissões e logo mais se repetirão em outras partes do mundo".

"Todo o establishment está espumando de ódio e distribuindo suas fake news para difundir nas redações, estridentes com as pessoas que tanto querem calar. A vitória do povo mostra que as agendas impostas pelo sistema não estão satisfazendo sua vontade", emendou.

Ex-ministro de Bolsonaro, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi outro que comemorou: "A direita voltando: 1) Argentina; 2) Parlamento Europeu; 3) eleições municipais Brasil 24... carregando; 4) presidente EUA em 24... carregando; 5) presidente Brasil 2026... tic tac tic tac".

Já o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) frisou: "Nós vamos tomar de volta nosso país também", escreveu na legenda de um vídeo sobre o resultado no Parlamento Europeu.

Esquerda

Houve reação também na esquerda. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), ressaltou que "o crescimento dos extremistas de direita nas eleições do Parlamento Europeu, nitidamente na França e Alemanha, é mais um sinal de alerta para o campo democrático". "Além de combater a rede de mentiras do novo fascismo, os governos democráticos precisam responder às demandas reais", orientou.

Guilherme Boulos (PSol), pré-candidato à prefeitura de São Paulo enfatizou: "Precisamos abrir os olhos! O avanço da extrema direita no Parlamento Europeu não é um problema exclusivo de lá e deve nos acender um alerta por aqui também".

 

 

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