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Carlos Bolsonaro nega aquecimento global: 'Fatalismo inexistente'

Vereador do Rio de Janeiro afirma que preocupação sobre mudanças climáticas tem objetivo falacioso; cientistas discordam

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) se pronunciou nas redes sociais a respeito do aquecimento global. Para ele, a ideia das mudanças climáticas é uma tentativa de estabelecer regras e taxações com o objetivo “falacioso” de salvar o planeta.

No X, ele afirmou que “a esquerdopatia está tentando vender a todos um fatalismo inexistente de forma a estabelecer regras tirânicas e uma taxação desenfreada com o objetivo falacioso de ‘salvar o planeta’”, utilizando como justificativa a costa do Emirado de Dubai.

A região litorânea da cidade árabe é marcada por águas rasas, sem a possibilidade de grandes movimentações como cheias ou até mesmo tsunamis. O mar local também possui um estuário natural que foi dragado para que fosse profundo o suficiente para o trânsito de navios. 

Carlos ainda completa erroneamente dizendo que os defensores da ciência estão “espalhando o abortismo e a ideologia de gênero como meios pervertidos e hediondos de diminuir a população da Terra”.

O vereador supôs que a transição da nomenclatura científica de “aquecimento global” para “mudanças climáticas” foi pelo motivo de que “a turma do painel climático da ONU não conseguiu mais convencer ninguém”, além de ser “financiada por globalistas e fundações interessadas nesse caos”.

Carlos Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal (PF) em três inquéritos por fake news, esquema de rachadinha e milícia digital. 

Aquecimento global desenfreado

Reportagem publicada pelo Estado de Minas, na quarta-feira (5/6), afirma que o aquecimento global avança em ritmo sem precedentes. De acordo com relatório divulgado pela revista científica Earth System Science Data, o aquecimento atribuível à atividade humana foi de 1,31ºC em 2023. 

Além disso, a pesquisa, que foi composta por cerca de 60 cientistas, indica que o aumento da temperatura global foi de 1,43ºC, considerando variáveis naturais como o fenômeno El Niño.

Os autores do relatório pretendem divulgar dados todos os anos para que sirvam de base de negociações das cúpulas climáticas, principalmente durante a década subsequente ao Acordo de Paris de 2015, que visa conter as emissões de efeito estufa em desenvolvimento sustentável.

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