CONGRESSO

Ex-secretário de Bolsonaro quer proibir crianças na parada LGBTQIA+

Deputado federal Mário Frias (PL-SP) afirma que as crianças são usadas como "massa de manobra" e não têm consciência do que está acontecendo em seus arredores

O ex-secretário Especial de Cultura e deputado federal, Mário Frias (PL-SP), se pronunciou nas mídias sociais a respeito da participação de pessoas menores de idade na parada do orgulho LGBTQIA+, que aconteceu em São Paulo no último domingo (2/6). “Estão sexualizando nossas crianças e usando-as como massa de manobra. Não permitiremos que esse absurdo continue!”, afirmou.

No X (antigo Twitter), o deputado apontou a urgência da tramitação o Projeto de Lei (PL) 3.022/23, de sua autoria: “Peço aos deputados que apoiem o PL 3022/23, de minha autoria, que visa PROIBIR a participação de crianças em eventos como a Parada Gay e punir os responsáveis por levá-las a esses eventos”.

Frias também pediu apoio ao Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. “Chega de usarem nossas crianças para promover promiscuidade e ideologia de gênero!”, conclui na publicação.

O PL em questão, apresentado em junho de 2023 na Câmara dos Deputados, pretende alterar a Lei nº 8.069 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A ementa inclui a tipificação de crimes relativos ao trânsito e a permanência de menores de 18 anos em eventos que promovam “comportamentos ilícitos”.

Para Frias, há uma influência dos adultos e da comunidade LGBTQIA+ na sexualidade de crianças e adolescentes, uma vez que querem “impor ruela abaixo a ideologia de gênero”. Ele sessão na Câmara, ele afirma que é urgente cessar a exposição de crianças à pornografia e atos libidinosos em eventos, em que muitas vezes as crianças estão acompanhadas dos pais.

“Adultos têm a consciência e devem fazer o que lhes faça feliz. Agora, influenciar crianças em idade tenra dessa maneira é um absurdo”, conclui.

Sendo assim, os eventos considerados pelo PL são aqueles que contenham “comportamentos impróprios para a faixa etária, insalubridade, situação degradante, abordagem erótica, sexualização infantil e que exerçam influência sobre a sexualidade natural do menor”, incluindo, na visão do autor, a parada do orgulho.

A parada LGBTQIA+ de São Paulo contou com uma marcha de “crianças trans”, com uma faixa com o nome do bloco “Crianças e Adolescentes Trans Existem” nas cores da bandeira trans rosa, azul e branco, na Avenida Paulista. A marcha foi organizada por Thamirys Nunes, ativista e presidente da ONG Minha Criança Trans, que afirma ter um filho trans de 9 anos.

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