América Latina

Lula convoca chanceler e pede informações sobre golpe na Bolívia

Questionado por jornalistas em frente ao Planalto, Lula disse ter sido informado há pouco sobre a tentativa de golpe no país vizinho, e que aguarda informações para se posicionar

Presidente Lula concedeu entrevista à rádio CBN na manhã desta terça-feira (18/6) -  (crédito: Reprodução Youtube Lula)
Presidente Lula concedeu entrevista à rádio CBN na manhã desta terça-feira (18/6) - (crédito: Reprodução Youtube Lula)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou o assessor especial Celso Amorim e o chanceler Mauro Vieira para uma reunião de emergência, nesta quarta-feira (26/6), para tratar sobre a tentativa de golpe de Estado na Bolívia, de acordo com fontes ouvidas pelo Correio. O presidente também pediu informações ao governo da Bolívia sobre o andamento da ação militar. 

Ao ser informado sobre o andamento da tentativa de golpe, Lula comentou o tema com jornalistas em frente ao Palácio do Planalto, após solenidade para conhecer os sete novos modelos de ônibus escolares adquiridos para a rede pública.

"Eu fui informado agora. Pedi para o meu ministro [das Relações Exteriores] entrar em contato para a gente ter certeza, porque a gente não pode ficar anunciando coisa que depois não acontece", disse Lula ao ser questionado.

O general do Exército, Juan José Zúñiga, anunciou à imprensa a execução de um golpe de estado contra o governo do presidente Luis Arce, na Bolívia. Na tarde desta quarta-feira (26/6), os militares tomaram a Praça Murillo, sede do governo, em La Paz. "A mobilização de todas as unidades militares busca expressar descontentamento com a situação do país", disse Zúñiga.

O comandante do Exército chegou ao Palácio Quemado em um tanque de guerra e exigiu "mudança de gabinete". 

Mais cedo, o presidente boliviano, Luis Arce, denunciou "mobilizações irregulares" de militares, enquanto tropas e tanques se posicionavam na frente da sede do governo. 

  • Tropas militares disparam gás lacrimogêneo contra pessoas do lado de fora do Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024.
    Tropas militares disparam gás lacrimogêneo contra pessoas do lado de fora do Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024. AIZAR RALDES/AFP
  • Tropas militares pulverizam pessoas com gás lacrimogêneo em frente ao Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024.
    Tropas militares pulverizam pessoas com gás lacrimogêneo em frente ao Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024. AIZAR RALDES/AFP
  • Tropas militares em veículos blindados são vistas nos arredores da Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024.
    Tropas militares em veículos blindados são vistas nos arredores da Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024. AIZAR RALDES/AFP
  • Tropas militares são posicionadas em frente ao Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024.
    Tropas militares são posicionadas em frente ao Palácio Quemado, na Plaza Murillo, em La Paz, em 26 de junho de 2024. AIZAR RALDES/AFP

Governo vai se posicionar após ter informações

"Eu quero informações. Eu pedi para o ministro Mauro [Vieira] ligar par a Bolívia, ligar para o presidente, para o embaixador brasileiro, para a gente ter certeza e dar uma posição. Como eu sou um amante da democracia, eu quero que a democracia prevaleça na América Latina. Golpe nunca deu certo", acrescentou ainda Lula.

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postado em 26/06/2024 17:59 / atualizado em 26/06/2024 18:16
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