Os advogados do agora réus no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes afirmaram que apesar de não gostarem do resultado da sessão, vão provar a inocência dos réus durante a instrução do processo. Para a defesa de Domingos Brazão, Roberto Brzizenski Neto, a denúncia é "fantasiosa" e fruto da "mente criminosa" de Ronnie Lessa.
O caso foi para o STF porque um dos acusados, Chiquinho Brazão, tem prerrogativa de foro privilegiado por ser deputado federal. Na sessão desta terça-feira, a primeira turma da Suprema Corte aceitou a denúncia da PGR contra os cinco acusados: os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, Ronald Paulo de Alves Pereira e Robson Calixto Fonseca, o Peixe.
A defesa tentou argumentar que a competência do caso era da justiça estadual, por Chiquinho Brazão não ser parlamentar a época do assassinato. Mas os ministros não aceitaram o argumento. "A defesa respeita a decisão do STF, mas tem uma leitura absolutamente diversa", disse Marcelo Ferreira, advogado de Rivaldo. Segundo Cléber Lopes de Oliveira, advogado de Chiquinho Brazão, durante o julgamento "provavelmente teremos uma demonstração cabal de que Chiquinho Brazão não manteve contato com quem quer seja do âmbito da execução de Marielle."
A denúncia aponta que Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido - RJ) foram os mandantes do crime. A dupla teria contado com o apoio do delegado Rivaldo Barbosa, que teria dificultado as investigações.
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