Neste sábado (15/6), manifestantes se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, para se opor ao PL Antiaborto por Estupro — que propõe equiparar a punição para aborto à pena para homicídio simples. Durante os protestos, a multidão gritou palavras de ordem, entre elas "Fora, Lira".
De acordo com a Polícia Militar, ao menos 5 mil pessoas participaram do ato. Para a comissão organizadora que representa as 60 entidades que foram convocadas para a manifestação, foram 10 mil. Estavam também presentes a deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e o deputado estadual paulista Carlos Giannazi (PSOL).
Além de se oporem ao PL, os manifestantes também pediram que mais hospitais realizem a interrupção da gravidez depois das 22 semanas.
Ato #CriançaNãoÉMãe #PL1904Não
— Jeff Nascimento (@jnascim) June 15, 2024
???? São Paulo (SP)
Imagens: @seremosresisten @cyrusafa @HaraFlaeschen pic.twitter.com/VDEuAG9LsI
Reunida na Avenida Paulista, a multidão caminhou até a rua Augusta e parou na praça Franklin Roosevelt. O protesto aconteceu de forma pacífica durante as três horas de duração.
Organizado às pressas, o ato é uma resposta à aprovação da Câmara sobre a urgência do projeto na quarta-feira (13/6). Agora, em vez de passar pela análise das comissões temáticas, o PL será votado direto no plenário.
No mesmo dia, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) minimizou a tramitação, ao dizer que "não é porque uma urgência é aprovada que [o PL] vai para o plenário na semana que vem". Lideranças da Casa deverão discutir com Lira como será a tramitação do projeto na terça-feira (18/6).
"Queremos o arquivamento desse projeto nefasto. É um retrocesso civilizatório, usam nossos corpos como moeda de troca e avançam com a política do estupro. Mas as mulheres brasileiras vão colocar para correr esse PL", disse Maria das Neves, integrante da União Brasileira de Mulheres, à Folha de S.Paulo.
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