O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (12/6) que a Petrobras explore petróleo na Margem Equatorial, faixa do litoral que abarca o Norte e parte do Nordeste. Segundo o petista, o país não pode "jogar fora" nenhuma oportunidade de crescer.
Lula participou pela manhã do Fórum da Iniciativa de Investimento Futuro, no Rio de Janeiro. O evento é organizado por investidores da Arábia Saudita, e é conhecido como a "Davos do Deserto", em referência ao Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade suíça.
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"A nossa Petrobras está quase disputando com a Aramco. É importante ter em conta que nós, a hora que começarmos a explorar a chamada Margem Equatorial, acho que a gente vai dar um salto de qualidade extraordinário", discursou o chefe do Executivo ao participar do Fórum. A Aramco, citada por Lula, é a petroleira estatal da Arábia Saudita e maior empresa do ramo.
A Margem Equatorial possui reservas de petróleo descobertas recentemente e ainda não exploradas. A de maior destaque está localizada próxima à Foz do Rio Amazonas, no Amapá. Outra, descoberta em abril, fica na divisa entre o Ceará e o Rio Grande do Norte.
Respeitando o meio ambiente
Há, porém, grande preocupação com o impacto da exploração na Foz do Amazonas. Acidentes e derramamentos de petróleo poderiam ter impacto devastador no bioma local. O Ibama cobra uma série de regras para garantir a capacidade de resposta se houver um desastre, e ainda não deu o aval para as propostas apresentadas pela Petrobras. Outros poços, porém, como os localizados na Bacia Potiguar, foram autorizados pelo órgão ambiental.
Lula frisou que a exploração deve ser feita de acordo com a legislação ambiental, mas que não pode ser deixada de lado. "Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo. Mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer", reforçou.
Em seu discurso aos investidores sauditas, defendeu que o Brasil está entre os melhores países para se investir, especialmente na transição energética e indústria verde. Também declarou querer o país entre as seis maiores economias do mundo até 2026, fim do seu mandado.
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