O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta sexta-feira (7/6) abertura de processo administrativo disciplinar (PAD) contra dois desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e dois magistrados da Justiça Federal. Os quatro atuaram na Lava-Jato e são acusados de irregularidades.
Os alvos dos processos são os desembargadores Carlos Thompson Flores e Loraci Flores e os juízes Gabriela Hardt e Danilo Pereira, que atuaram na 13ª vara Federal de Curitiba/PR. O caso foi analisado no plenário virtual do conselho. Nesta plataforma, os conselheiros apenas depositam os votos, sem discutirem entre eles.
O Correio tenta contato com Carlos Thompson Flores, Loraci Flores, Gabriela Hardt e Danilo Pereira para uma possível manifestação sobre a abertura do processoe. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.
- Lava Jato foi "projeto político de poder", diz advogado criminalista
- Entenda a desconstrução gradual da Operação Lava-Jato
Foram 9 votos favoráveis à abertura do processo. Cinco conselheiros votaram pelo arquivamento do caso. A situação começou a ser julgada em abril. No entanto, houve um pedido de vista do presidente do colegiado, ministro Luís Roberto Barroso.
Ao retomar o julgamento, Barroso votou contra a abertura de processo administrativo. No entanto, o voto dele foi vencido pela maioria. “Ao decidir litígios, juízes sempre desagradam um dos lados em disputa, às vezes ambos. Para bem aplicar o direito, magistrados devem ter a independência necessária. A banalização de medidas disciplinares drásticas gera receio de represálias, e juízes com medo prestam desserviço à nação", afirmou Barroso.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br