Itamaraty

Lula a presidente da Croácia: "Nossas regiões estão ameaçadas pelo extremismo"

O presidente brasileiro voltou a pedir negociação e cessar-fogo nas guerras entre Rússia e Ucrânia e entre Israel e Hamas, além de defender a proteção da democracia

O presidente Lula antes de reunião com o presidente da Croácia, Zoran Milanovi?, no Palácio do Itamaraty     -  (crédito: Ricardo Stuckert)
O presidente Lula antes de reunião com o presidente da Croácia, Zoran Milanovi?, no Palácio do Itamaraty - (crédito: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira (3/6) com o presidente da Croácia, Zoran Milanovic. Ambos conversaram a portas fechadas no Palácio do Itamaraty e, depois, deram uma declaração conjunta à imprensa, antes de seguirem para um almoço.

Segundo o petista, os dois países estão em “regiões ameaçadas pelo extremismo político”, com propagação de informações falsas e violência. Ele destacou ainda a eleição para o Parlamento Europeu, que ocorre na semana que vem.

“Nossas regiões estão ameaçadas pelo extremismo político, pela manipulação da informação, pela violência que ataca e silencia minorias. O processo de renovação política na União Europeia se aproxima. Em poucos dias, as 720 vagas do Parlamento Europeu estarão em disputa”, declarou Lula ao lado de Milanovic.

O chefe do Executivo brasileiro citou também o jornalista Vladimir Herzog, morto pela ditadura militar, que nasceu na cidade croata de Osijek. Segundo Lula, tanto o Brasil quanto a União Europeia apoiam o multilateralismo, a promoção da paz e os direitos humanos no cenário internacional.

“O Brasil condenou de maneira firme a invasão da Ucrânia pela Rússia. Uma desescalada seria um passo necessário para que as partes possam retomar o diálogo direto. Apoiamos a realização de uma conferência internacional que seja reconhecida tanto pela Ucrânia como pela Rússia”, destacou.

Guerras em curso

Já sobre a guerra entre Israel e o grupo terroristas Hamas, na Faixa de Gaza, o presidente lamentou a morte do brasileiro Michel Nisembaum, que foi feito refém pelo Hamas, e disse que o Brasil trabalha tanto por um cessar-fogo permanente e pela entrada de ajuda humanitária em Gaza quanto pela libertação dos reféns.

“A violação cotidiana do direito humanitário é chocante e tem vitimado milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças. “É fundamental que a comunidade internacional trabalhe para a solução de dois estados, vivendo lado a lado em segurança”, frisou Lula. E celebrou o reconhecimento do Estado Palestino pela Espanha, pela Noruega e pela Irlanda.

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postado em 03/06/2024 15:19
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