Diplomacia

Haddad se encontrará com Papa Francisco na próxima semana

Ministro da Fazenda deve tratar de taxação de super-ricos para superação da pobreza e desigualdade social, bem como crise climática

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, irá se reunir com o Papa Francisco para tratar da tributação dos super-ricos como modo de financiar o combate à pobreza e à desigualdade social. A pasta confirmou o encontro nesta sexta-feira (31/5). 

O ministro viaja à Itália na próxima semana para visitar Roma e Vaticano nos dias 4 e 5 de junho. Os efeitos da crise climática no Brasil é outro tema que deve ser tratado pelo chefe da Fazenda, em especial devido à tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul.

“Na audiência com o Papa Francisco, Haddad apresentará os avanços da presidência brasileira do G20, destacando temas prioritários da trilha financeira do agrupamento. Entre os tópicos em pauta estão a taxação de grandes fortunas, a luta contra a crise climática, com atenção para a tragédia do Rio Grande do Sul, e a crise da dívida dos países do sul global. A audiência também será uma oportunidade para coordenar posições em vista da Cúpula do G7, que ocorrerá na cidade de Fasano entre os dias 13 e 15 de junho”, diz o comunicado da pasta. 

O ministro irá participar ainda da conferência Addressing the Debt Crisis in the Global South (Tratando da crise de dívidas do Sul global, em tradução livre), organizada pela Universidade de Columbia e pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais. A viagem também contará com uma reunião bilateral com o ministro da Economia espanhol, Carlos Cuerpo.

“A taxação de grandes fortunas, um dos temas prioritários da trilha financeira do G20, é vista como uma medida essencial para reduzir a desigualdade econômica global. O Brasil, sob a presidência do G20, tem defendido a implementação de políticas fiscais mais justas, que garantam uma distribuição equitativa da riqueza. Este tema será discutido durante a audiência com o Papa Francisco, que tem sido um defensor vocal da justiça social e da responsabilidade econômica”, disse o Ministério da Fazenda em nota.


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