Solidariedade aos gaúchos e palestinos

LEG: Vista aérea de Porto Alegre em que ruas inteiras estão submersas  

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Ao inaugurar obras da Via Dutra em Guarulhos, São Paulo, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu solidariedade para o Rio Grande do Sul e a população da Faixa de Gaza. A reação dele ocorre no momento em que o rio Guaíba volta a aumentar de volume e a cidade de Rafah, ocupada majoritariamente por palestinos, foi bombardeada.

 "Quero terminar pedindo para vocês uma salva de palmas para o povo do Rio Grande do Sul, que são verdadeiros heróis sobrevivendo naquela catástrofe climática que aconteceu", afirmou Lula, que admitiu ter ficado "nervoso" ao ver o preço do arroz no supermercado. Segundo ele, por essa razão autorizou a importação do produto, após as enchentes prejudicarem boa parte da safra e o transporte da parcela já colhida.

O governo determinou a importação de um milhão de toneladas do alimento, zerar o imposto de importação e liberar R$ 6,7 bilhões em crédito extraordinário para comprar arroz no exterior. 

"Arroz e feijão são uma coisa que nós, brasileiros, não sabemos e não queremos abrir mão. Por isso, ele tem que estar no preço que o povo mais humilde, trabalhador, possa comprar. Por isso tomamos a decisão de importar um milhão de toneladas de arroz, para que a gente possa equilibrar o preço do arroz nesse país", reagiu.

Mulheres e crianças

O presidente reiterou as críticas às ações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que insiste em manter as operações militares, apesar da Corte Internacional de Justiça recomendar a suspensão das ações (ver Mundo). "Quero pedir uma solidariedade às mulheres e crianças que estão morrendo na Palestina por irresponsabilidade do governo de Israel, que continua matando mulheres e crianças", ressaltou. "A gente não pode se calar diante das aberrações."

Lula não mencionou a morte do brasileiro Michel Nisembaum, de 59 anos, que foi feito refém pelo Hamas. Mas nas redes sociais, anteontem, o presidente lamentou. "Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele", escreveu ele, na conta no X (antigo Twitter). "Seguiremos engajados nos esforços para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo e a paz para os povos de Israel e da Palestina", frisou. (V.C.)

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