'Irresponsabilidade'

Governo de Israel continua matando mulheres e crianças, diz Lula

Durante inauguração de obras em Guarulhos, São Paulo, Lula pediu solidariedade para as crianças e mulheres na Faixa de Gaza. Fala ocorre após Israel desrespeitar decisão da Corte Internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar neste sábado (25/5) o governo de Benjamin Netanyahu por suas ações na Faixa de Gaza. Segundo Lula, a gestão israelense "continua matando mulheres e crianças".

A fala ocorre após Israel desrespeitar decisão da Corte Internacional de Justiça e bombardear a cidade de Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito, hoje.

Lula participou neste sábado da inauguração de duas obras na Via Dutra, em Guarulhos, São Paulo. O finalizar seu discurso, pediu solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, a quem chamou de "verdadeiros heróis" por enfrentarem uma catástrofe climática. O presidente emendou que é preciso ter solidariedade com o povo gaúcho, mas também com os palestinos. 

"Também quero pedir para vocês uma solidariedade com as mulheres e crianças que estão morrendo na Palestina por contra a irresponsabilidade do governo de Israel, que continua matando mulheres e crianças. A gente não pode se calar diante das aberrações. A gente não pode deixar de ser solidário, porque amanhã a gente vai precisar de solidariedade", afirmou Lula.

Desrespeito a decisão da Corte Internacional

Israel bombardeou Rafah um dia após decisão da Corte Internacional que determinou o fim de todas as operações militares israelenses na região. 

"O Estado de Israel deve parar imediatamente a sua ofensiva militar em Rafah e qualquer outra ação que possa infligir ao grupo palestino em Gaza condições de vida que causem a sua destruição física total ou parcial", disse o órgão, que representa a mais alta instância judiciária do direito internacional, ligado à Organização das Nações Unidas (ONU).

A decisão acatou um pedido da África do Sul, que classifica as ações de Israel em Gaza como "genocídio". Em resposta, ainda ontem (24), o governo de Netanyahu emitiu uma nota chamando de "falsas, ultrajantes e moralmente repugnantes" as acusações contra Israel, e afirmando a continuidade das operações.

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