A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), fez um comentário curto sobre a decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de livrar Sergio Moro (UB-PR) da cassação do mandato de senador da República por abuso do poder econômico. O PT foi um dos dois partidos que entraram na Justiça Eleitoral para questionar a candidatura do ex-juiz da Lava-Jato — o outro foi o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Moro teve o que nunca permitiu a Lula, o direito de defesa e o devido processo legal. E a decisão de ontem não anula seus crimes na Lava-Jato”, declarou Gleisi, referindo-se, justamente, à atuação de Moro no comando da operação que investigou denúncias de corrupção na Petrobras. Posteriormente, a Lava-Jato foi alvejada pelos áudios da Operação Spoofing, que revelaram um conluio entre o então juiz federal e o Ministério Público.
Por decisão de Moro, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi impedido de disputar as eleições de 2018, que elegeram Jair Bolsonaro. Logo depois da apuração, Moro foi anunciado ministro da Justiça do novo governo e abandonou a magistratura.
Nas redes sociais, a presidente do PT preferiu não comentar o resultado e fez postagens elogiando as operações da PF contra CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) que atuam no crime organizado e a decisão de Espanha, Noruega e Irlanda de reconhecer o Estado Palestino.
Os advogados do PT ainda avaliam com a direção do partido se vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), última instância possível para reverter o caso, e, apenas, se envolver questão constitucional envolvida.
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