CASO MARIELLE

Moraes rejeita pedido para soltar Rivaldo, apontado como mentor do assassinato de Marielle

Delegado da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa foi apontado pela investigação como um dos principais mentores do atentado contra a vereadora Marielle Franco

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes negou, nesta sexta-feira, 17, o pedido da defesa do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e manteve o réu em prisão preventiva. De acordo com as investigações da Polícia Federal, Rivaldo foi a principal cabeça por trás do atentado contra Marielle Franco (PSOL), que resultou na morte da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.

A decisão de Moraes está em conformidade com a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou que a "prisão deve ser mantida, pois Rivaldo Barbosa não apresentou nenhuma mudança fatídica ou jurídica apta a alterar o panorama da decisão judicial que deferiu a custódia máxima". O órgão também argumentou que, além de o acusado ter ajudado a planejar o crime, ele "empreendeu esforços a fim de evitar o avanço da investigação" e, se liberto, pode voltar a atrapalhar o processo penal e recorrer a 'contatos' na milícia.

"Importante ressaltar, ainda, que, segundo apurado, Rivaldo mantém relações ilícitas com os principais milicianos e contraventores do Estado do Rio de Janeiro. Sua libertação, aliada ao poderio econômico de que dispõe e dos contatos com as redes ilícitas existentes no Município do Rio de Janeiro, poderá frustrar a própria aplicação da lei penal e comprometer a instrução criminal", diz a PGR.

Rivaldo Barbosa, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão estão preso desde o dia 24 de março deste ano.

 

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