Gladson de Lima Cameli (PP), governador do Acre, tornou-se réu pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Na quarta-feira (15/5), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) por unanimidade.
Segundo as investigações, o esquema criminoso resultou em prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos. A subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen reafirmou o posicionamento do MPF em favor do recebimento da denúncia.
“Os elementos colocados na investigação e contidos na denúncia apontam que Gladson Cameli agiu ativa e pessoalmente para garantir a estabilidade e execução do arranjo, atuando como líder da organização criminosa. Verifica-se que a acusação está embasada em fartos elementos informativos tendo sido individualizada a conduta do acusado em todos os delitos imputados”, destacou a subprocuradora-geral.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o afastamento imediato do governador. No entanto, o STJ decidiu que ele continuará no cargo enquanto responde à ação. Além dele, outras 12 pessoas foram denunciadas pelos crimes de organização criminosa. Dois irmãos, dois primos e a ex-mulher de Gladson são suspeitos de envolvimento no esquema.
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Quem é Gladson Cameli?
Gladson de Lima Cameli nasceu em Cruzeiro do Sul, no Acre, em 26 de março de 1978. Ele se formou em engenharia civil em 2001, no Instituto Luterano de Ensino Superior de Manaus, da Universidade Luterana do Amazonas. O político entrou na vida pública aos 28 anos, quando foi eleito pela primeira vez deputado federal. Em 2010, foi eleito pela segunda vez para a Câmara dos Deputados.
O hoje governador foi filiado ao PFL entre 2000 e 2003, e ao PPS entre 2003 e 2005. Atualmente, ele é filiado ao partido Progressistas, desde 2005. No pleito de 2014, elegeu-se senador com 58,36% dos votos válidos.
Em 2018, Gladson foi eleito no primeiro turno para o cargo de governador do Acre, com 223.993 votos. Nas eleições 2022, ele foi reeleito, com 56,75% dos votos.
O que diz o governador?
Em nota, o governador do Acre comentou sobre o fato dos ministros do STJ terem negado o afastamento dele do cargo. "A Justiça cumpriu o seu papel, e agora terei a oportunidade de me defender e provar minha inocência e idoneidade”, disse Gladson.
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