Protagonista do apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde as eleições de 2018, o empresário Luciano Hang adotou um tom mais pacificador sobre a relação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula Da Silva durante uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo neste sábado (11/5). O empresário dono da empresa Havan criticou o que chamou de "polarização" sobre as inundações que assolam o estado do Rio Grande do Sul há quase duas semanas: "Não devemos polarizar uma catástrofe como esta".
- É falso que Luciano Hang tenha mais aeronaves atuando no RS do que a Força Aérea Brasileira
-
TSE torna Luciano Hang inelegível por 8 anos por influenciar eleição de 2020
Segundo Hang, que diz ter visitado o estado no começo das inundações, a situação é pior do que parece. "Não foi uma enchente, foi um tsunami, uma devastação. Tudo por onde passou essa água foi derrubado. É uma coisa que não dá para descrever".
Hang apontou que duas lojas gaúchas foram destruídas e projetou uma perda de cerca de R$ 30 milhões. O empresário, contudo, minimizou o prejuízo. "Perdemos pouco perto de outras pessoas que perderam tudo. Uma loja não é o foco do nosso negócio. A gente reconstrói", ponderou.
Saiba Mais
O empresário disse ainda que a Havan está colocando em prática um plano de contingência para auxiliar os empregados que foram afetados pelas inundações. Entre as ações estão o pagamento de 13º salário, programa de participação de resultado e a garantia de não demissão.
Sobre a avaliação do trabalho do governo em relação a tragédia no Rio Grande do Sul, Hang é enfático: "Não é hora de dividirmos o povo brasileiro. Tem que unir para resolver esse problema. Não pode haver política numa coisa como essa. Quando eu falo em governo são os três: municipal, estadual e federal. Todos os órgãos. Todos estão querendo fazer o seu melhor".