O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse nesta sexta-feira (3/5) que estudará um fortalecimento na relação com o Mercosul. Kishida também afirmou que o seu país vê potencial na cooperação com o Brasil em temas envolvendo o meio ambiente. O premiê foi recebido hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.
Durante o encontro, o primeiro-ministro disse que o fortalecimento da ONU é importante em "um momento de difícil situação internacional". Também defendeu haver um grande potencial nas relações bilaterais com os países do Mercosul.
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Na oportunidade, o governo brasileiro e o japonês assinaram uma série de memorandos, em áreas como comércio e segurança cibernética. Foram firmados ainda cerca de 36 acordos entre empresas brasileiras e japonesas, como por exemplo parcerias com a comunidade nikkei (termo usado para se referir a descendentes de japoneses em outros países) e de produção e venda de biomateriais, biocombustíveis e energias renováveis entre Suzano e Mitsui.
Transição energética
O presidente Lula explicou, durante o discurso pós-encontro, que o fluxo comercial entre Brasil e Japão caiu de cerca de US$ 18 bilhões para US$ 11 bilhões ao ano. O petista considera a cifra aquém do potencial dos dois países. E reforçou um incentivo para que empresários japoneses invistam em transição energética e produção sustentável. "A América do Sul se apresenta como lugar de ouro para investimentos, para discussão da transição energética, para produzir energia limpa que se queira produzir", apontou.
Kishida, por sua vez, lembrou que o Japão contribuiu para o Fundo Amazônia e que deseja ser parceiro do Brasil na área ambiental. O primeiro-ministro citou uma parceria verde entre os países para neutralidade de carbono, que envolve biocombustível brasileiro e tecnologia japonesa.
O primeiro-ministro também destacou que considera os dois países parceiros estratégicos em temas globais e informou que o Japão apoiará as prioridades brasileiros à frente do G20 neste ano.
Com informações de agências
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