RELAÇÕES EXTERIORES

Lula pede a Alckmin que leve Kishida a uma churrascaria em SP

Com o objetivo de convencer o premiê a importar do Brasil, o presidente afirmou que a carne brasileira é de qualidade e "mais barata" do que aquela comprada pelos japoneses

Durante declaração ao lado do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, nesta sexta-feira (3/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, leve o premiê a uma churrascaria para que veja a qualidade da carne brasileira e passe a importar do país.

"Eu não sei o que vocês jantaram ontem, mas, pelo amor de Deus, se tiverem em São Paulo, Alckmin, você que foi governador do estado, você é o ministro de Desenvolvimento, você é o vice-presidente, leve o primeiro-ministro Fumio para comer um churrasco no melhor restaurante de São Paulo, para que, na semana seguinte, ele comece a importar a nossa carne", brincou o petista.

O presidente acrescentou que a carne brasileira é de qualidade e "mais barata" do que aquela comprada pelos japoneses. "O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ele faz um churrasco que, se o primeiro-ministro comesse, não ia querer voltar para o Japão", completou.

A declaração de Lula foi feita durante uma visita oficial do primeiro-ministro ao país. Antes de um pronunciamento à imprensa, os líderes tiveram uma reunião fechada. Segundo interlocutores, a inserção de produtores brasileiros no mercado de carne bovina japonês foi um dos tópicos discutidos no encontro mais cedo.

Segundo o governo, o Brasil quer ampliar a importação de carne suína para o Japão. Atualmente, apenas o estado de Santa Catarina é habilitado para esse comércio. O Palácio do Planalto afirmou que o Japão importa 70% da carne bovina que consome e que, desse total, 80% são fornecidos por Estados Unidos e Austrália. 

Transição Energética

O presidente Lula explicou ainda que o fluxo comercial entre Brasil e Japão caiu de cerca de US$ 18 bilhões para US$ 11 bilhões ao ano. O chefe do Executivo considerou a cifra aquém do potencial dos dois países. E incentivou que empresários japoneses invistam em transição energética e produção sustentável.

"A América do Sul se apresenta como lugar de ouro para investimentos, para discussão da transição energética, para produzir energia limpa que se queira produzir", apontou.

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