Porto Alegre - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), não participou da coletiva de imprensa sobre a reconstrução do estado, que contou com presença de oito ministros do governo Lula (PT), nesta quarta-feira (29/5).
No aviso da coletiva enviado pelo Ministério da Reconstrução constava a presença do governador e dos ministros. No entanto, Leite não compareceu.
O chefe do Executivo estadual esteve no prédio da Superintendência Regional do Banco do Brasil, local cedido para o funcionamento da Secretaria Extraordinária da Reconstrução do RS, pouco antes da coletiva e se reuniu com os ministros de Lula. No entanto, entrou e saiu do prédio sem falar com a imprensa.
- Ciclone se afasta do Rio Grande do Sul, mas segue no litoral
- Lula anuncia mais medidas de apoio ao Rio Grande do Sul; acompanhe
Logo depois, Leite divulgou um áudio para os jornalistas comentando o encontro e afirmando que pediu ao governo federal uma compensação para o estado com a perda de arrecadação em decorrência das enchentes.
"Destacamos a preocupação com a perda de arrecadação, mesma coisa que na pandemia, a economia parou e a União é o ente federativo que é capaz de suportar um momento como esse já que ela é autorizada a emitir dívidas e os entes subnacionais não. Então fazer o repasse ao Estado que repassa aos municípios também, seja na forma de adiantamento do que a gente já projeta de perda de arrecadação ou seja como um seguro receita. Se não, a suspensão da dívida não vai se concretizar em ações concretas de investimentos. Podemos ter uma situação inusitada de ter dinheiro para a reconstrução e não ter dinheiro para os serviços básicos do estado por conta da perda de arrecadação", disse o governador.
Sem Eduardo Leite, os ministros conversaram com a imprensa acompanhados dos prefeitos da região metropolitana da capital gaúcha. Questionado pelo Correio, o vice-governador do RS, Gabriel Souza, que representou Leite nas demais reuniões do dia entre os ministros e prefeitos, justificou que o governador tinha outras agendas e que o governo do estado sequer tinha sido convidado a participar da entrevista.
"Não é que não quiséssemos participar, foi uma coletiva oriunda de ações federais, provavelmente o governo federal achou que não era necessária a nossa presença. Nesse momento estamos priorizando reconstruir o estado acima de qualquer diferença política", disse Souza.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br