CONGRESSO

Deputado Zacharias Calil "simula aborto" no plenário da Câmara

Zacharias Calil (União-GO) explicou aos parlamentares o método de assistolia fetal para se posicionar contra decisão de Alexandre de Moraes sobre o tema

O deputado demonstrou como funciona o procedimento com o uso de bonecos e representações plásticas -  (crédito: TV Senado/reprodução)
O deputado demonstrou como funciona o procedimento com o uso de bonecos e representações plásticas - (crédito: TV Senado/reprodução)

O deputado Zacharias Calil (União-GO) simulou um aborto por assistolia fetal no plenário da Câmara, em sessão conjunta realizada nesta terça-feira (28/5). A reunião foi marcada para analisar 17 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, relacionados à Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024, às saidinhas, ao setor aéreo e às fake news.

Em um intervalo entre votações, Calil tomou a palavra e se posicionou contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que autoriza a assistolia fetal para interrupção da gravidez em casos de estupro. Na segunda-feira (27/5), o Conselho Federal de Medicina apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal para derrubar a decisão de Moraes, o que inspirou o parlamentar a levar o tema para a Câmara.

O deputado demonstrou como funciona o procedimento com o uso de bonecos e representações plásticas. "Eu, como médico-cirurgião pediátrico (...) venho aqui mostrar para vossas excelências o que é uma assistolia fetal, um processo que gerou a suspensão pelo Supremo Tribunal de uma resolução do Conselho Federal de Medicina", iniciou.

De acordo com o parlamentar, o procedimento consiste em injetar cloreto de potássio ou lidocaína dentro do coração do feto. "O que é assistolia? O nosso coração bate assim: na sístole, ele se contrai; na diástole, ele relaxa. Quando você provoca a assistolia, o coração para em sístole, ou seja, ele não manda mais sangue nem nutriente para o organismo da criança".

Em suas redes sociais, Calil afirma que a "assistolia fetal é inaceitável e deve ser proibida o mais rápido possível". Ao Correio, a assessoria do deputado reafirmou as palavras ditas por ele no plenário. "Temos o mesmo posicionamento", informou.

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postado em 28/05/2024 17:45 / atualizado em 28/05/2024 17:46
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