Taxação

Por falta de acordo, Congresso adia votação do veto à gratuidade de bagagens

Com o adiamento, companhias aéreas podem continuar a cobrança de qualquer tipo de taxa por malas acima de 10kg

Caso o veto fosse analisado e derrubado, o despacho passaria a ser gratuito. Com o adiamento, as aéreas podem continuar a cobrança de malas  -  (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Caso o veto fosse analisado e derrubado, o despacho passaria a ser gratuito. Com o adiamento, as aéreas podem continuar a cobrança de malas - (crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Os parlamentares entraram em acordo, nesta terça-feira (28/5), para adiar a votação de sete vetos presidenciais, entre eles o que mantém a cobrança por bagagens despachadas em voos nacionais e internacionais. O Congresso Nacional analisa, em sessão conjunta nesta tarde, um conjunto de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governo anterior, além de nove projetos de leis.

Inicialmente, 17 vetos seriam votados na sessão desta tarde, mas, após negociação entre as lideranças, sete foram adiados e outros 10 serão apreciados. A deliberação do veto 30/2022, que trata da gratuidade de despacho de bagagens, foi adiada por falta de acordo entre governo e oposição sobre a derrubada ou não do trecho vetado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que mantém a cobrança.

O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), pediu o adiamento da deliberação do veto. Isso porque existe um entendimento entre os parlamentares de manter o veto de Bolsonaro, que permite que companhias aéreas continuem cobrando taxas por bagagens acima de 10kg, mas uma parte dos congressistas teme repercussão negativa da decisão, já que a matéria tem apelo popular.

Caso o veto fosse analisado e derrubado, o despacho passaria a ser gratuito. Com o adiamento, as companhias aéreas podem continuar a cobrança de malas da forma como é feita atualmente.

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à deliberação dos vetos de nºs 46 de 2021; 30 e 65 de 2022; 9, 14 (dispositivos 1 a 3, 5 a 53, 55 a 58, 61 a 64, 66, 67, 109 a 114, 116, 119 a 315, 317, 319 a 390 e 393 a 397), 18, 26 (dispositivos 3 e 5 a 10), 36 (dispositivo 3), 39, 41, 45 (dispositivo 10), 46 (dispositivos 1 a 3, 6, 8 a 12 e 14), 47 (dispositivos 9 a 17) e 48 de 2023; e 1, 4 (dispositivo 64) e 8 de 2024; PLNs nos. 1, 2 e 5 a 11 de 2024; e eleição complementar do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional nesta terça-feira (28/5) (foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Além desse, o Congresso também adiou os vetos 65/2022, que trata sobre o autocontrole agropecuário; 9/2023, sobre áreas de reserva legal; 14/2023, da Lei Geral do Esporte; 18/2023, à Minha Casa, Minha vida; 46/2023, referente a licitações e contratos administrativos; e 47/2023, sobre flexibilização de registro de agrotóxicos.

Permaneceram na pauta da sessão os vetos 46/202, que revoga a Lei de Segurança Nacional; 26/2023, atualização do Código Penal Militar; 36/2023, exercício cumulativo de Defensores Públicos; 39/2023, Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis; 41/2023, Lei Orgânica das Polícias e Bombeiros Militares; 45/2023, Regularização Fundiária na Amazônia; 48/2023, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de produtos de mesma empresa; 1/2024 sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024; 4/2024 da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024; 8/2024, referente às saídas temporárias de presos saidinha.

DPVAT

Após negociação entre as lideranças, foi incluído ainda um veto que não estava previsto na pauta inicialmente, o do 11/2024, que estabelece multa por atraso no pagamento do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), o antigo DPVAT. O acordo entre os parlamentares é para manter o veto de Lula e, assim, proibir a cobrança de multa.

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postado em 28/05/2024 16:19 / atualizado em 28/05/2024 16:20
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