JUDICIÁRIO

Mulheres são maioria dos servidores do Judiciário, mas só 38% dos magistrados

Os estados que contam com maior participação feminina na magistratura são: Rio de Janeiro (47,53%), Rio Grande do Sul (45,39%), Bahia (44,04%) e Acre (43,43%)

O painel foi lançado nesta quinta em cerimônia presidida pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso -  (crédito: Gil Ferreira/Agência CNJ)
O painel foi lançado nesta quinta em cerimônia presidida pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso - (crédito: Gil Ferreira/Agência CNJ)

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou nesta quinta-feira (16/5) um painel de dados de pessoal do Poder Judiciário, que permite a filtragem por cargos, sexo e raça, por exemplo. Segundo os dados, as mulheres representam 38,7% do total de 18.424 magistrados.

O painel foi lançado nesta quinta em cerimônia presidida pelo presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, na abertura da 1ª Reunião Preparatória do 18º Encontro Nacional do Poder Judiciário.

Dados por sexo e gênero

Do total de 18.424 magistrados, os homens representam 60,42%, enquanto as mulheres são 38,73%. Os que não quiseram declarar representam 0,85%. De acordo com a diretora executiva do DPJ/CNJ, Gabriela Soares, este dado representa aqueles que expressamente não quis informar o dado. 

Os estados que contam com maior representação feminina são Rio de Janeiro (47,53%), Rio Grande do Sul (45,39%), Bahia (44,04%) e Acre (43,43%). Já os com menor participação são: Roraima (24,19), Tocantins (27,01%), Piauí (27,03%) e Mato Grosso do Sul (28,75%).

Já nos dados sobre servidores, as mulheres aparecem como maioria com 54,63% de 272.754. Os homens representam 45,2% e os que não quiseram declarar 0,17%, de um total de 272.754.

Por estado, os que contam com maior representação são: Minas Gerais (62,03%), Goiás (61,63%) e Mato Grosso (58,61%). Os com menor participação são: Rio Grande do Norte (42,59%), Amapá (45,67%) e Amazonas (45,61%).

Outras classificações sobre gênero como cisgênero, transgênero, transexual, travesti, gênero fluído, agênero, entre outros, estão computadas no sistema do Painel porém contam com baixo índice de preenchimento. 

Ao todo, 112 magistrados não se identificam como cisgênero (0,5%), enquanto 462 servidores não se identificam dessa forma (0,1%).

Foram catalogados dados sobre tipos de deficiência. 5% dos registros pessoais feitos contam com ao menos algum tipo de deficiência entre física/motora, auditiva, visual, intelectual, psicossocial, mental ou outras.

Dados por raça e cor

Os magistrados que se identificam como branco representam 79,9%. Os Negros-Pardos representam 12%, os que não quiseram declarar 4,5%, Amarelos 1,8%, os Negros-Pretos 1,6% e os indígenas 0,2%, do total de 18.424.

Já sobre os servidores, 64,5% se identificam como branco, 23% como Negro-Pardo, 5,1% não quiseram declarar, 4,2% como Negro-Preto, 2,8% como Amarelo e 0,4% como indígena.

 

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postado em 16/05/2024 13:26 / atualizado em 16/05/2024 13:34
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