O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não dispensou a oferta de ajuda do governo do Uruguai no resgate às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. É o que afirma em nota a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência. A pasta informou que o helicóptero disponibilizado pelo governo do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, já estaria, inclusive, atuando nas operações de busca e salvamento no estado do Sul, mas admite que uma aeronave oferecida ao Brasil não precisou ser utilizada.
A notícia de que o governo petista teria recusado a ajuda do país governado pela centro-direita movimentou a oposição, nas redes sociais.
Fontes do governo do país vizinho questionadas pelo Correio disseram saber que a ajuda estava autorizada pelo governo uruguaio, mas disseram desconhecer qualquer informação de recusa do Brasil em receber os militares e aeronaves que saíram de Montevidéu.
O Ministério das Relações Exteriores informou não ter informações sobre a lista de voluntários e apoio presentes no estado e indicou que todas as informações estão sendo concentradas pelas forças militares que fazem o controle operacional, em Porto Alegre, da força-tarefa de resgate.
Após a repercussão das notícias de recusa, nesta quarta-feira (8/5), o Planalto desmentiu a notícia e garantiu que um helicóptero que foi emprestado pelo país vizinho já está em operação no estado e tem sido de grande importância no auxílio dos socorristas.
A nota da Presidência da República ainda aponta que os apoios são analisados conforme a necessidade de resposta das esquipes de resgate. “São falsas as notícias de que o Brasil teria desprezado ajuda do Uruguai ou qualquer outro país. Todas as ofertas de auxílio são bem-vindas, serão analisadas conforme a adequação às urgências e serão bem recebidas.”
Por fim, o governo comunica que o Uruguai também ofereceu um avião para o transporte de cargas, o Lockheed KC-130 H Hercules, que, em função de suas características operacionais e da atuação da frota dos cargueiros Embraer kc-390 da Força Aérea brasileira, não atenderia, nesse momento, às necessidades da operação de resgate.
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