A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou nesta sexta-feira (26/4) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a prorrogação do prazo, por 60 dias, para continuar negociando com empreiteiras a revisão de acordos de leniência fechados pela Operação Lava Jato.
O ofício foi entregue ao ministro André Mendonça, que havia dado, em fevereiro, o prazo de dois meses para que órgãos públicos e empresas que fecharam acordos chegassem a um consenso sobre os pactos.
“Apesar da intensa negociação promovida pela Controladoria-Geral da União e pela Advocacia-Geral da União, com as empresas interessadas, bem como da disposição demonstrada pelas referidas pessoas jurídicas, não foi possível, no prazo de 60 dias, obter, até o presente momento, uma resolução consensual”, diz o documento.
Os acordos totalizam cerca de R$ 9 bilhões e se referem aos valores acertados depois das colaborações premiadas, em que executivos confessaram a formação de cartel em contratos da Petrobras e outras estatais, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas a agentes públicos e políticos.
A negociação envolve as empreiteiras Novonor (antiga Odebrecht), Metha (antiga OAS), UTC, Engevix, Andrade Gutierrez, Camargo Correa e Coesa. Juntas, elas devem à União R$ 11,8 bilhões em multas, em valores corrigidos.
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