CÂMARA

Bolsonarista pode relatar caso de Glauber Braga no Conselho de Ética

Deputado do PSol é acusado de quebra de decoro parlamentar após reagir à provocação de militante do MBL e expulsá-lo do Congresso a pontapés

O presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto (União-BA), abriu o processo contra o deputado Glauber Braga (PSol-RJ) e sorteou, nesta quarta-feira (24/4), os três deputados da lista da qual será escolhido o relator da representação contra o parlamentar. Na semana passada, após ser provocado, Braga expulsou um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) do prédio do Congresso Nacional, após chutá-lo.

Dois dos três sorteados são do PL, casos de Cabo Gilberto Silva (PB) e Rosângela Reis (MG). O terceiro da lista é Sidney Leite (PSD-AM). Braga questionou Lomanto sobre a isenção de se ter um relator do PL, partido que, afirma o representado, já manifestou desejo na cassação de seu mandato e, por essa razão, não o julgaria com independência.

"Quero um julgamento justo", afirmou Braga, que listou uma série de provocações feitas por Gabriel Constenaro, o integrante do MBL que o provocou nos corredores da Câmara.

O presidente do conselho respondeu que essa é uma questão superada e que o PL tem condições e legitimidade de ter um de seus deputados no colegiado como relator. O regimento do Conselho de Ética veda que deputados do mesmo estado do representado, o Rio de Janeiro no caso, e do partido autor da ação, que foi o Novo, possam ser o escolhido para a função da relatoria.

Braga se defendeu no conselho, e negou qualquer quebra de decoro parlamentar.

"Não vou me dobrar à milícia fascista", disse o parlamentar do PSol.

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