O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ocorreu neste domingo (21/4), na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, teve de ser meticulosamente planejado. Para que não fosse descumprida a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi o primeiro a discursar. Nem mesmo os hotéis em que Valdemar e Bolsonaro ficaram hospedados é o mesmo.
Moraes proibiu, em fevereiro, que Bolsonaro, Valdemar e outros investigados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado se comunicassem. Valdemar afirmou que o Rio é o estado em que o PL é mais forte. Ao listar os nomes da sigla pelo estado, o senador Romário acabou sendo vaiado.
“Quero cumprimentar todos meus parceiros aqui, porque o PL mais forte do Brasil é aqui do Rio de Janeiro. (...) Temos Bolsonaro, que vota no Rio de Janeiro, Michelle Bolsonaro, Cláudio Castro, Flávio Bolsonaro, Carlos Portinho, Romário — grande jogador”, listou Valdemar.
O ato, que não deixou de ter um tom eleitoreiro, foi marcado pelos elogios do presidente do PL ao vereador e filho do ex-presidente Carlos Bolsonaro. “Vocês e Bolsonaro fizeram do PL o maior partido do Brasil. Agradeço a todos vocês. Deus, pátria, família e liberdade”, concluiu.
Os discursos, de um modo geral, evitaram ataques ao Supremo e seus ministros e a orientação era que os apoiadores não levassem nenhuma faixa ou cartaz, buscando não piorar a situação do ex-presidente com a Justiça.
“Não posso ficar com Bolsonaro no palanque. Mas isso vai passar. Vamos conseguir reverter essa situação em breve. Não tenho problema nenhum com o Judiciário. Então, eles vão ter que me liberar. Isso atrapalha o andamento do partido em ano de eleição”, lamentou Valdemar.
A ideia do PL é que eventos como o que deste domingo se repitam em outras cidades até a chegada das eleições municipais, como confirmou Valdemar.
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