O ex-deputado Wladimir Costa, preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (18/4), acumula uma série de polêmicas ao longo de sua trajetória política. Ele ficou conhecido por ter feito uma tatuagem temporária com o nome do ex-presidente Michel Temer no ombro, em 2017.
Além disso, Wladimir também se destacou durante as sessões de votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara. Antes de declarar o voto favorável ao afastamento da petista, o então parlamentar estourou um rojão de confetes. No discurso, ele afirmou que o governo do PT dava "um tiro de morte" no coração do povo brasileiro.
Veja o vídeo do rojão de confetes:
No ano passado, o ex-deputado federal do Pará foi condenado por ofensas contra os artistas Wagner Moura, Letícia Sabatella, Sônia Braga e Glória Pires. As ofensas ocorreram em 2017, quando Wladimir era filiado ao Solidariedade e chamou os artistas de "vagabundos".
Em 2021, Wladimir também foi condenado por danos morais por assédio contra a jornalista Basília Rodrigues. Na época, a profissional atuava na rádio CBN. Conforme sentença, Basília estava trabalhando e perguntou ao então deputado se ele poderia mostrar a tatuagem feita por ele com o nome “Temer”, momento em que ele olhou diretamente a jornalista de cima abaixo sorrindo e disse: "para você, só se for de corpo inteiro".
Mandatos
O ex-deputado federal paraense Wladimir Costa foi eleito para exercer quatro mandatos na Câmara dos Deputados, nos anos 2003-2007, 2007-2011, 2011-2015 e 2015-2019. O então parlamentar passou pelos partidos PMDB e Solidariedade. Hoje, ele não está filiado a nenhuma legenda.
Em 2017, ele teve o mandato cassado por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele foi acusado de ter recebido dinheiro "oriundo de fontes não declaradas" para a campanha dele à Câmara dos Deputados, em 2014.
Operação da PF
A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (18/4), o ex-deputado federal do estado do Pará Wladimir Costa, por crimes eleitorais. Ele foi abordado ao desembarcar em Belém e encaminhado ao sistema prisional do estado.
A Polícia Federal destacou que a prisão preventiva foi deferida em razão da prática reiterada dos crimes eleitorais de violência política praticados contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA), por meio das redes sociais.
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