A Polícia Federal (PF) vai assumir a investigação da denúncia sobre as câmeras escondidas encontradas no apartamento da deputada Dayany Bittencourt (União-CE).
O comando para federalizar o inquérito partiu do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos Almeida Neto, que esteve ontem com a deputada. A própria Dayany pediu a intervenção da PF no caso, que estava a cargo da Polícia Civil do Distrito Federal.
Em ofício à PF, Manoel Carlos apontou indícios dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já havia se reunido na semana passada com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, para conversar sobre o caso.
Assessores da deputada encontraram quatro câmeras escondidas no apartamento onde ela ficava hospedada em Brasília. Os equipamentos estavam camuflados por disparadores de água e sensores de fumaça.
Os aparelhos passaram por perícia, que confirmou que eles estavam ativos, mas a Polícia Civil não conseguiu cravar se foram acessados remotamente. Havia 164.325 registros nos gravadores.
"O foco da Polícia Federal será o gravador das imagens encontrado no apartamento", informou o Ministério da Justiça.
O apartamento alugado fica no hotel Golden Tulip Alvorada. A rede Louvre Hotels Group-Brazil informou que o imóvel é uma propriedade particular e, por isso, não está sob sua administração.
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