O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta sexta-feira (26/4), que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, merece dois prêmios Nobel de Economia: um pelo programa Desenrola e outro pelo Eco Invest, anunciado nesta semana para oferecer proteção cambial a investidores estrangeiros em projetos da transição ecológica.
"Eu falei pro Haddad, que se o Desenrola estiver certo, o pessoal que discute o prêmio Nobel de Economia vai ter que dar para a sua equipe.", declarou Lula durante cerimônia de inauguração de uma fábrica de insulina da empresa Biomm em Nova Lima Minas Gerais. O chefe da Fazenda também estava presente.
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O programa prevê a negociação de dívidas, com descontos de até 90%. Segundo Lula, cerca de 15 milhões de pessoas já foram beneficiadas. A iniciativa também levou a outros desdobramentos, como renegociação voltada para dívidas do FIES e, mais recentemente, para microempreendedores individuais (MEIs) e para micro e pequenas empresas.
Lula também destacou o pacote de créditos Acredita, lançado no início da semana, que prevê empréstimos para pessoas inscritas no Cadastro Único e que queiram empreender, no valor de até R$ 80 mil. A medida também inclui uma série de opções de créditos e o fortalecimento do mercado secundário de créditos imobiliários, para que pessoas da classe média, que não se enquadram no Minha Casa Minha Vida, possam financiar casas com condições melhores.
Proteção cambial
O presidente também enfatizou o Eco Invest, também anunciado no pacote, para oferecer proteção cambial a investidores externos que queiram investir em projetos de economia verde. "Isso, se tiver outro prêmio da economia, e esse plano der certo, você também vai ganhar junto com sua equipe o prêmio Nobel da Economia. Então, quem discute o prêmio Nobel da Economia já está devendo dois prêmios para você. Você não foi indicado ainda, mas quem sabe eles indicam", afirmou Lula dirigindo-se novamente a Haddad.
A fábrica de insulina inaugurada hoje representa investimento de R$ 800 milhões e tem potencial para atender 1,9 milhões de pacientes com diabetes. Segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF), são 15,7 milhões de adultos que enfrentam a condição no país. A fábrica terá capacidade para produzir 20 milhões de unidades de refis de insulina (carpules) glargina por ano, além de produzir posteriormente canetas de insulina.
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