CONGRESSO NACIONAL

Sem acordo, sessão do Congresso para analisar vetos é adiada pela segunda vez

O trecho do Orçamento de 2024 que trata sobre as emendas de comissões, vetado pelo presidente Lula, está causando impasse entre os parlamentares e a falta de concordância impediu a deliberação marcada para esta noite

Na imagem, o vice-presidente do Senado, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
presidente do Senado , senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). -  (crédito:  Jefferson Rudy/Agência Senado)
Na imagem, o vice-presidente do Senado, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); presidente do Senado , senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). - (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A sessão do Congresso Nacional para deliberar sobre os vetos presidenciais foi adiada pela segunda vez. O adiamento foi anunciado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na noite desta quarta-feira (24/4), poucos minutos antes do horário marcado para o início da reunião entre os parlamentares, prevista para iniciar às 19h.

“Não havia o mínimo consenso em relação a tudo quanto havia de vetos nessa sessão do Congresso, então nós damos mais esse prazo para que os líderes possam entabular o máximo possível dos acordos, sobretudo em relação aos vetos Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual”, anunciou Pacheco.

O adiamento foi decidido durante reunião, realizada nesta tarde, entre Pacheco; o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP); os ministros da Casa Civil, Rui Costa; e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O encontro entre os líderes, representantes do Planalto e o presidente do Congresso Nacional foi marcado depois que o Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/23, que estabelece a retomada da cobrança do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT), foi retirado da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

No PLP há um jabuti que altera o arcabouço fiscal, antecipando a permissão para abertura de crédito suplementar em caso de superávit. Isso significa que o governo teria permissão para aumentar o limite para as despesas da União em R$ 15,7 bilhões e, com isso, teria verba suficiente para pagar os R$ 3,6 bilhões das emendas de comissões.

Inicialmente, o valor para as emendas era de R$ 5,6 bilhões, mas, após articulação, o governo conseguiu um acordo com os congressistas para reduzir o pagamento em R$ 2 bilhões, fixando em R$ 3,6 bi. Mesmo assim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dificuldade para levantar o dinheiro e, por isso, precisa da retomada do Dpvat.

Entretanto, a oposição no Senado não sinalizou interesse em aprovar o projeto do Dpvat. Essa divergência travou as negociações para a sessão de vetos desta noite e causou, ao final, o adiamento. De acordo com Pacheco, uma nova data será marcada entre os dias 6 e 9 de maio.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 24/04/2024 21:05 / atualizado em 24/04/2024 21:05
x