O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou qualquer desarmonia com o Congresso Nacional em relação às matérias a serem votadas nas Casas Legislativas. Segundo o chefe do Planalto, a divergência é comum no ambiente político e não há nada “que não possa ser superado”. A declaração ocorreu na manhã desta quarta-feira (23/4), durante café da manhã com jornalistas.
“Eu, sinceramente, não acho que a gente tenha problema no Congresso. A gente tem as situações que são coisas normais da política. Nós temos 513 deputados, o meu partido só tem 70. Nós temos 81 senadores, o meu partido só tem 9. Se a gente somar os nossos aliados ideológicos, a gente vai para 12 ou 13 e, assim, não chegamos a sequer 140 deputados”, disse.
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Lula citou como exemplo de boa relação com o Congresso a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, promulgada em dezembro de 2022, que permite ao novo governo aumentar em R$ 145 bilhões o teto de gastos no Orçamento de 2023 para bancar despesas como o Bolsa Família, o Auxílio Gás e a Farmácia Popular, por exemplo.
“Você percebe o milagre que aconteceu nesse país? Como é que se explica a gente aprovar uma PEC que dá transição antes de assumir a Presidência da República? Vocês se deram conta da anomalia que eu comecei a governar antes de tomar posse?”, ressaltou o petista.
O petista frisou ainda estar convencido de que existe uma situação de tranquilidade na relação com o Congresso. E citou a independência dos Poderes.
“Não tem nenhuma divergência que não possa ser superada. Se não tivesse divergência, não haveria necessidade de a gente dizer que são três Poderes distintos e autônomos. Cada um é dono do seu nariz”, disse.
“Eu digo sempre para todo mundo ouvir: não é o presidente do Senado que precisa de mim. Não é o presidente da Câmara que precisa de mim. Quem precisa deles é o presidente da República, é o poder Executivo. Cada um tem uma função”, completou.
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