O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu nesta quinta-feira (18/4) a inclusão da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU). O chanceler participa de reunião do Conselho da Segurança da ONU, que votará a adesão palestina nesta sexta (19).
Em seu discurso, Vieira demonstrou preocupação com as hostilidades no Oriente Médio, que podem levar a uma guerra na região, com impacto mundial. Ele argumentou que o reconhecimento do Estado palestino já foi feito pela ONU, e que uma solução duradoura para a questão palestina é necessária para garantir a estabilidade na região.
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"Chegou a hora de a comunidade internacional finalmente receber o Estado da Palestina plenamente soberano e independente como um novo membro das Nações Unidas", declarou o chanceler durante a reunião, que ocorre em Nova York.
O pedido de adesão completa da Palestina à ONU está na pauta de votação de amanhã. Das 15 nações com poder de decisão no Conselho de Segurança, o pedido precisa ser aprovado por nove, sem nenhum veto dos cinco países com esse poder: Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França.
Instabilidade no Oriente Médio
A expectativa é de que o pedido, protocolado pela Argélia, receba suporte mas acabe vetado pelos Estados Unidos, aliado de Israel. Atualmente, a Palestina é um observador não-membro da ONU. Caso aprovado, o pedido de adesão completa precisará ser votado na Assembleia Geral da organização.
"Os últimos eventos no Oriente Médio são mais um testemunho do fato de que uma solução duradoura e sustentável para a questão palestina não é apenas um imperativo moral. Trata-se de pré-requisito estratégico para a estabilidade regional e global. A paz e a estabilidade no Oriente Médio só podem ser alcançadas quando as aspirações legítimas do povo palestino pela autodeterminação e soberania forem atendidas", frisou Mauro Vieira.
O chanceler também argumentou que a escalada do conflito, após ataque do Irã a Israel, é preocupante e pode levar a uma guerra generalizada na região, com "consequências imprevisíveis para o mundo". Ele reiterou ainda o "apoio inabalável" do Brasil para que mais países reconheçam a soberania palestina. Atualmente, 54 nações não reconhecem o Estado palestino.
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