Os três deputados sorteados semana passada para a relatoria da ação contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) no Conselho de Ética desistiram de assumir o caso. Um deles seria escolhido na reunião do colegiado na manhã desta quarta-feira (17/4) pelo presidente Leur Lomanto Júnior (União-BA). Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Agora, o presidente do Conselho de Ética precisará sortear hoje outros três nomes, o que irá atrasar a tramitação do caso.
A lista tríplice era formada pelo titular do conselho, Bruno Ganem (Podemos-SP), e dois suplentes, Gabriel Mota (Republicanos-RR) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO). Ganem e Ayres votaram pela manutenção da prisão de Brazão. Mota não votou, o que beneficiou Brazão.
Ao desistirem do caso, os parlamentares argumentaram ao presidente que tinham outros compromissos, como disputa eleitoral no seu reduto eleitoral e até mesmo relatoria de outros casos no Conselho de Ética.
Levantamento feito pelo Correio, no mapa de votação da manutenção ou não de sua prisão, constatou que dos 36 deputados que integram o Conselho de Ética, exatamente a metade — 17 deles (50%) — optou pelo "sim", para que ele continue detido na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande (MS). Do total, nove votaram "não", para que Brazão fosse solto. Outros 4 se abstiveram e 4 não votaram.
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