GOVERNO BOLSONARO

CGU investiga agentes da PF, acusados de atuarem na "Abin paralela"

Decisão do ministro Alexandre de Moraes, de janeiro deste ano, afastou os funcionários de suas funções na Polícia Federal

A decisão da Controladoria foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira -  (crédito:  Governo Federal/Reprodução)
A decisão da Controladoria foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira - (crédito: Governo Federal/Reprodução)

A Controladoria-Geral da União (CGU) abriu processos administrativos contra três servidores da Polícia Federal apontados por investigações e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de supostamente terem participado da chamada "Abin paralela", que foi o uso político da Agência Brasileira de Inteligência no governo de Jair Bolsonaro.

Pelo menos dois desses servidores estão suspensos de suas atividades e são investigados no processo da CGU por se ausentarem ao serviço por mais de 60 dias, entre os anos de 2021 e 2022, quando estavam cedidos à Abin.

A decisão da Controladoria, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, atinge os servidores Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira.

Segundo a CGU, Bormevet está suspenso do departamento em função de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),de 25 de janeiro deste ano, relacionada com a investigação que envolve a "Abin paralela". Ele é agente da PF desde 2005.

Freitas esteve cedido à Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL do Rio e cuja administração à frente do órgão é investigada pela PF. O agente também está suspenso por Moraes em razão de envolvimento com a "Abin paralela". Freitas está na Polícia Federal desde 2006.

Pereira, que é delegado da PF desde 2003, foi outro cedido à Abin de Ramagem entre 2021 e 2022. Na agência, ele esteve lotado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc).

"As condutas serão analisadas nos PADs, que garantirão aos envolvidos o direito à ampla defesa e ao contraditório. O prazo de conclusão dos trabalhos é de 60 dias, prorrogáveis por igual período", informa nota da CGU desta quinta.

O Correio está aberto a manifestações dos três servidores.

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postado em 11/04/2024 08:35
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