O governo federal assinou nesta quarta-feira (3/4) em evento no Palácio do Planalto três contratos de concessão do segundo Leilão de Transmissão de 2023. A previsão é que as novas linhas de transmissão tenham uma extensão de 4.471 km, passando por cinco estados a uma potência de 9.840 megawatts com investimentos na ordem de R$ 21,7 bilhões. As concessões são de 30 anos.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, as obras beneficiam a população proporcionando uma transição energética justa e inclusiva. “A agenda de hoje é resultado do maior leilão de transmissão da história do nosso país, e essas ações beneficiam diretamente quem está nas casas, nos comércios, na indústria. Nosso foco é no cidadão, que precisa ter acesso a uma energia elétrica com um valor justo, sem interrupções. Por isso, temos investido em tantas iniciativas focadas na transição energética e o Brasil tem avançado como nunca neste sentido”, apontou.
As obras de interligação serão responsáveis por escoar o excedente da energia produzida por fontes renováveis no Nordeste para o restante do país. O Ministério de Minas e Energia (MME) estima que, até 2027, o Nordeste contribua com o acréscimo de 13.328 MW à capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional (SIN), consolidando a região como vetor da segurança e da transição energética.
“O Brasil vive um momento histórico do ponto de vista da credibilidade. Isso fica provado pelo sucesso dos três leilões de transmissão que fizemos, com ampla participação e descontos em média de 40%. Esse reforço das linhas para o Norte e Nordeste para o centro de carga, que é o Sudeste, vai permitir destravar mais de R$ 160 bilhões em investimentos em energias eólica e solar no Nordeste brasileiro“, emendou.
A empresa vencedora do lote 1, incluindo os sublotes A, B, C e D (Maranhão, Tocantins e Goiás) foi a State Grid. A do lote 2 (Goiás, Minas Gerais e São Paulo) foi a Consórcio Olympus 16 e do lote 3 (Minas Gerais e São Paulo) a Celeo Redes Brasil.
Elas serão responsáveis por construir e fazer manutenção em linhas de transmissão com prazos de construção entre 60 e 72 meses.
O leilão foi conduzido pelo Ministério de Minas e Energia com suporte especializado da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que conduz os estudos e recomendações técnicas. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) participaram ativamente do processo de construção do Plano de Outorgas de Transmissão de Energia Elétrica (POTEE), documento que contém as instalações planejadas para o sistema elétrico brasileiro para os próximos cinco anos.
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