O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou dois dias na Embaixada da Hungria no Brasil após a Polícia Federal confiscar o seu passaporte, em 8 de fevereiro. A informação é do jornal norte-americano The New York Times. Em vídeos de câmeras de segurança obtidos pelo veículo, é possível ver que Bolsonaro estava acompanhado por dois seguranças e pela equipe do embaixador Miklos Tamás Halmai.
"Bolsonaro, alvo de diversas investigações criminais, não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolhe, porque estão legalmente fora do alcance das autoridades nacionais", pontua o jornal norte-americano ao citar que a presença do ex-presidente na Embaixada sugeria que ele estava tentando alavancar a amizade com o primeiro-ministro Viktor Orbán, em uma "tentativa de escapar do sistema de justiça brasileiro enquanto enfrenta investigações criminais".
"O Times analisou imagens de três dias de quatro câmeras na Embaixada da Hungria, mostrando que Bolsonaro chegou na noite de segunda-feira, 12 de fevereiro, e partiu na tarde de quarta-feira, 14 de fevereiro", explica o The New York Times.
Em 2022, durante viagem a Budapeste, Bolsonaro disse que considera o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, "um irmão, dada a afinidade que temos na defesa dos nossos povos".
O Correio tenta contato com a Embaixada da Hungria no Brasil para comentar o caso, mas, até a última atualização desta matéria, o jornal não obteve retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.
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