INVESTIGAÇÃO

Caso Marielle: Dino, Paulo Pimenta e políticos repercutem prisões

Foram presos o conselheiro Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro

Autoridades e políticos comentaram, neste domingo (24/3), prisão dos três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Foram presos o conselheiro Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino citou uma passagem bíblica sobre celebração da fé e da Justiça. Enquanto estava à frente do Ministro Justiça e Segurança Pública, Dino havia prometido que o crime seria solucionado em breve e classificou o caso como fundamental pelo simbolismo da defesa das mulheres e da democracia.

"Domingo de Ramos, domingo de celebração da Fé e da Justiça. Livro dos Salmos: 'Ainda que floresçam os ímpios como a relva, e floresçam os que praticam a maldade, eles estão à perda eterna destinados. Como a palmeira, florescerão os justos, que se elevarão como o cedro do Líbano'", escreveu o ministro do STF neste domingo, nas redes sociais.

Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, disse que o governo federal seguirá cumprindo o seu papel. "Desde o início mandato do presidente Lula em janeiro de 2023, medidas foram tomadas e equipes da Polícia Federal autorizadas pelo Ministério da Justiça se somaram às investigações. Tais medidas foram decisivas para o esclarecimento do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson. O Governo Federal seguirá cumprindo o seu papel para combater essas quadrilhas violentas que cometem graves crimes contra as famílias brasileiras. A continuidade das investigações vai com certeza esclarecer vários outros crimes", afirmou Paulo Pimenta.

A deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP) citou o fato de que operação da Polícia Federal contra os suspeitos de serem os mandantes da execução de Marielle ocorreu no Dia Internacional do Direito à Verdade sobre as Violações dos Direitos Humanos, celebrado neste domingo (24/3). "Após 6 anos de espera, frustração e dor, a polícia finalmente prendeu os suspeitos de mandar matar Marielle Franco e Anderson Gomes. Que a Justiça seja feita", disse a parlamentar.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) definiu a prisão dos suspeitos de serem mandantes do crime como um "marco na história do Brasil". "A prisão dos suspeitos de terem sido mandantes do assassinato de Marielle Franco é um marco na história do Brasil e na luta contra a violência política e a tentativa de silenciamento das vozes de coragem. Se acharam que matando Marielle conseguiriam parar a luta, se enganaram. Ela está mais viva do que nunca", ressaltou a parlamentar.

O senador Paulo Paim (PT-RS) prestou solidaridade aos familiares de Marielle e Anderson. "Um grande alívio após uma espera angustiante de mais de 6 anos. Que a justiça por Marielle e pelo motorista finalmente se faça. Que a verdade prevaleça e revele todos os fatos. Solidariedade aos familiares", afirmou.

Família segue lutando por Justiça

Em nota, os familiares de Marielle Franco agradeceram o empenho da Procuradoria-Geral da República, da Polícia Federal e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e afirmaram que seguem lutando por Justiça. "Nada trará nossa Mari de volta, mas estamos a um passo mais perto das respostas que tanto almejamos", disseram os pais de Marielle, Marinete e Antônio; Anielle, ministra e irmã; e Luyara, filha da vereadora.

"Agora aguardamos o resultado da condução da investigação e a eventual denúncia dos mandantes e de todos os responsáveis pelas obstruções da Justiça", afirma a nota conjunta.

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