segurança pública

Fraga adia convocação de Lewandowski em Comissão e se reúne com ministro

Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara afirmou que vai retirar de ofício os requerimentos para convocar o chefe do Ministério da Justiça e que, antes de requerer a presença, é necessário conversar

O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Alberto Fraga (PL-DF), afirmou que vai retirar de ofício os quatro requerimentos protocolados pelos integrantes do colegiado para convocar o ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski. O deputado informou que prefere conversar com o chefe da pasta antes de requerer a presença dele no colegiado para prestar esclarecimentos sobre a fuga no Presídio de Segurança Máxima de Mossoró.

“Eu vou retirar de ofício os requerimentos de convocação. Antes de qualquer coisa, eu preciso conversar com o ministro, uma boa conversa, que eu espero que seja proveitosa. Nós vamos dizer o que não abrimos mão e se tiver que ir para o embate, vai ser em um segundo momento”, declarou Fraga. O deputado ainda disse que “não é razoável na primeira reunião da Comissão já ter quatro requerimentos de convocação”.

Fraga reforçou que vai se encontrar com Lewandowski na noite desta terça-feira (12/3) para conversar e que espera "que a conversa seja proveitosa”. Apesar de ter adiado a ida do ministro à comissão, o presidente do colegiado falou que acredita ser importante uma sessão para ouvir o que o chefe da Justiça e Segurança Pública tem a dizer sobre Mossoró.

“Ele tem que ir na Comissão para, pelo menos, falar sobre a fuga em Mossoró. É uma coisa que ninguém, até agora, sabe o que aconteceu. Ali teve negligência, facilitação e olhe lá se não teve até mesmo suborno. Então nós queremos que ele nos apresente as explicações ou, até mesmo, os culpados, porque não se admite esse tipo de fuga em um presídio de segurança máxima”, reforçou o deputado.

O presidente da Comissão ainda disse que “não podemos jogar a culpa” da fuga em Lewandowski, já que o ministro tinha apenas uma semana de gestão quando os presos escaparam do presídio. “Um ministro de Estado não pode ser responsável pela fuga de presos, nós temos que procurar os equívocos e erros cometidos pelos gestores do presídio”, completou.

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