O PSol indicou o deputado Glauber Braga (RJ) como presidente da Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Câmara, um colegiado historicamente comandado pela esquerda e um espaço aberto aos movimentos sociais. O parlamentar foi eleito nesta quarta-feira (7/3) e anunciou que o espaço será uma "trincheira de resistência" ao bolsonarismo.
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Deputados do PL irão controlar comissões estratégicas da Casa, como a de Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com Carolina de Toni (PL-SC), Educação, presidida por Nikolas Ferreira (PL-MG), e a da Segurança Pública, que terá Alberto Fraga (PL-DF) como presidente.
Logo que foi anunciado presidente da CLP, Braga afirmou que os setores de educação, como movimentos ligados a professores e estudantes, que se sentirem "perseguidos" no colegiado presidido por Nikolas, terão espaço na comissão que ele presidirá.
"A CLP continuará sendo uma trincheira de resistência e de relação permanente com os movimentos sociais. E já quero aquime dirigir aos trabalhadores da educação que, se estiverem sendo perseguidos pela presidência da Comissão de Educação, contem com a nossa comissão. Vamos fazer esse contraponto a qualquer arbitrariedade que se imporem não só nessa, como nas comissões dominadas pelo reacionarismo", disse Glauber Braga.
Em vídeo que encaminhou à Comissão de Educação nesta quarta, Nikolas garantiu que fará uma gestão plural. "Nossa pauta será bastante conceitual e propositiva. Nessa comissão, teremos audiencias públicas e vamos fiscalizar a educação no atual governo. Vamos fazer uma comissão abrangente e plural. E vamos debater temas importantes para o país, como o Plano Nacional de Educação e debateremos outros, como o home schooling", disse o bolsonarista.