INQUÉRITO

Bolsonaro não "importunou" baleia, conclui Polícia Federal em inquérito

Delegado do caso vê "conduta inadequada", mas entende que não existe crime ambiental a ser punido

Bolsonaro estava sendo investigado sob a suspeita de intervir no desvio e na tentativa de venda de joias sauditas -  (crédito:  EVARISTO SA / AFP)
Bolsonaro estava sendo investigado sob a suspeita de intervir no desvio e na tentativa de venda de joias sauditas - (crédito: EVARISTO SA / AFP)

A Polícia Federal decidiu não indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro em um inquérito que apurava a suposta importunação de uma baleia jubarte no litoral de São Paulo. A investigação tinha como foco possível crime ambiental. Mas para os investigadores, o ex-presidente não cometeu crime.

O ato ocorreu em São Sebastião, no litoral Norte de São Paulo, no ano passado. O inquérito foi aberto para avaliar se foi violada a lei que proíbe a pesca ou o "molestamento intencional" de baleias. Em vídeos compartilhados pelas redes sociais, Bolsonaro aparece com uma moto aquática com motor ligado próximo ao mamífero.

O inquérito apontava que o condutor da moto aquática aparece em uma distância inadequada. "Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro", diz um trecho do relatório policial. A investigação foi aberta ainda no ano passado, pouco depois dos fatos virem a público.

O delegado responsável pela investigação, Breno Adami Zandonadi, destacou, no relatório, que por mais que “as condutas dos investigados se mostraram inadequadas”, as provas dos autos “não chegaram a efetivamente representar os intencionais molestamentos previstos no tipo penal”. O documento foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF), que avalia se oferece ou não denúncia sobre o caso. Também podem ser solicitadas diligências adicionais.

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postado em 27/03/2024 13:34
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