INVESTIGAÇÃO

Itamaraty chama embaixador húngaro para explicar estadia a Bolsonaro

Bolsonaro teve o passaporte apreendido durante a investigação de tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022 em 8 de fevereiro. Quatro dias depois, ele foi ao prédio da representação húngara

Depois de ter sido alvo de uma operação da PF sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro -  (crédito:  Reprodução/Vidio)
Depois de ter sido alvo de uma operação da PF sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro - (crédito: Reprodução/Vidio)

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) chamou o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, para explicar a hospedagem de dois dias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na embaixada do país em Brasília logo após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal.

O representante húngaro se encontrou com a embaixadora Maria Luísa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, segundo a pasta.

A informação da estadia do ex-chefe do Executivo na embaixada húngara em Brasília foi divulgada pelo jornal norte-americano The New York Times nesta segunda-feira (25/3).

Em vídeos de câmeras de segurança obtidos pelo jornal estadunidense, é possível vê-lo acompanhado por dois seguranças e pela equipe do embaixador. Bolsonaro teve o passaporte apreendido durante a investigação de tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022 em 8 de fevereiro. Quatro dias depois, ele foi ao prédio da representação húngara.

"Bolsonaro, alvo de diversas investigações criminais, não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolhe, porque estão legalmente fora do alcance das autoridades nacionais", diz o The New York Times.

Segundo o veículo, a presença do ex-presidente na embaixada sugeriria que ele estava tentando alavancar a amizade com o primeiro-ministro Viktor Orbán, em uma "tentativa de escapar do sistema de justiça brasileiro enquanto enfrenta investigações criminais".

A Polícia Federal investiga o caso.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 25/03/2024 19:20 / atualizado em 25/03/2024 19:39
x