O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes avaliou, nesta segunda-feira (25/3), que a prisão do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ); do irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão; e do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018 e que também vitimou o motorista Anderson Gomes, como uma “janela como uma oportunidade para aprofundar o combate ao crime organizado”.
"Eu acho que é um passo importante, uma questão que já era esperada. Mas é preciso que se veja essa janela como uma oportunidade para aprofundar o combate ao crime organizado”, comentou o magistrado ao chegar ao Senado para participar da solenidade de 200 anos da Casa.
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O ministro acrescentou que, tendo em vista o envolvimento de três agentes públicos no caso, é preciso reformular as forças de segurança, buscando evitar que a milícia siga se infiltrando no Estado.
“Se tendo esse tipo de notícia, do envolvimento da polícia com o crime organizado, parte da polícia, obviamente isso é algo extremamente grave. É preciso pensar numa refundação dessas instituições. É preciso tomar as medidas necessárias”, declarou o decano.
“Eu acho que é o momento de profunda reflexão do Congresso Nacional se dedicar a essa temática de uma reforma das polícias e uma reforma especialmente voltada para o que está acontecendo no Rio de Janeiro”, completou Gilmar Mendes.
A primeira turma do Supremo manteve, na manhã desta segunda, a prisão dos três suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. Com a confirmação, Moraes já notificou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), da prisão preventiva de Chiquinho Brazão.
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