CASO MARIELLE

União Brasil expulsa deputado Chiquinho Brazão por unanimidade

O parlamentar foi preso neste domingo (24/3) acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes

O pedido de expulsão foi apresentado pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP), e relatado pelo senador Efraim Filho (União-PB). A votação ocorreu por videoconferência -  (crédito: Divulgação/Agência Câmara)
O pedido de expulsão foi apresentado pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP), e relatado pelo senador Efraim Filho (União-PB). A votação ocorreu por videoconferência - (crédito: Divulgação/Agência Câmara)

A Executiva Nacional do União Brasil decidiu neste domingo (24/3) expulsar do partido, por unanimidade, o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ). Ele foi preso preventivamente hoje pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

A votação ocorreu na noite de hoje, por videoconferência, com 14 dos 15 integrantes da Executiva. Todos votaram a favor do pedido de expulsão, apresentado pelo deputado federal Alexandre Leite (União-SP), e relatado pelo senador Efraim Filho (União-PB). O encontro foi convocado pelo presidente da legenda, Antônio Rueda.

Em nota, o União Brasil afirmou que Brazão já não tinha vínculos com a legenda. "Embora filiado, o parlamentar já não mantinha nenhum relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorização para se desfiliar", diz o texto.

Prisão preventiva

O União identificou ainda pelo menos três condutas ilícitas do deputado segundo o estatuto interno da sigla: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao Regime Democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias; e violência política contra a mulher.

O deputado foi preso em operação deflagrada pela PF junto com seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCERJ) Domingos Brazão, e com o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa. Eles são acusados de serem mandantes do assassinato de Marielle e Anderson.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 24/03/2024 21:27 / atualizado em 24/03/2024 21:29
x