O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, na noite desta quinta-feira (21/3), com produtores de frutas e sucos na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República. O encontro é o primeiro de uma série de jantares com representantes do agronegócio, que devem ocorrer nas próximas semanas.
Cerca de 60 produtores estão presentes, de 11 estados diferentes, segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Os compromissos fazem parte de um esforço de Lula para se aproximar do setor, uma dificuldade que ele enfrenta desde que assumiu o governo.
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Segundo Fávaro, o pedido para fazer “churrasquinhos” com os diferentes setores partiu do presidente, para fazer encontros mais informais, além de outras conversas oficiais que ocorreram no Planalto. O setor de fruticultura foi o primeiro a manifestar interesse. Em 2023, a exportação de frutas brasileiras atingiu um recorde de US$ 1,3 bilhões.
De acordo com Fávaro, a reunião deve tratar de temas “do dia a dia”.“Certamente [os produtores] vão trazer pautas também para o presidente, para que o alto nível possa ampliar as oportunidades para o setor”, comentou ainda o ministro, que conversou com jornalistas na chegada ao churrasco.
Questionado, ele negou que o aumento no preço das frutas seja discutido. A banana, por exemplo, aumentou em média 13,84% em janeiro, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em Brasília, o preço chegou a ficar 33,65% maior.
O ministro destacou que o aumento das frutas ocorreu por questões sazonais, e não por problemas de oferta, e não atinge todas as frutas. “Mas a banana não está com preço de banana”, brincou. No geral, o preço dos alimentos ficou mais caro no início do ano, o que é atribuído às fortes chuvas e altas temperaturas nas regiões produtoras. Fávaro disse ainda que espera uma redução nos preços em breve, e que há deflação esperada para o primeiro trimestre deste ano para os alimentos.
Além do encontro com produtores de frutas e sucos, já estão no radar encontros com produtores de café, de algodão, bioinsumos e de floresta plantada, que devem ocorrer semanalmente ou a cada 15 dias.
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