O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi denunciado, nesta quinta-feira (21/3), pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro por fraude em licitação na compra de blindados destinados ao uso da corporação. De acordo com informações obtidas pelo Correio, o órgão vê culpabilidade de Vasques no processo fraudulento.
As investigações apontam irregularidades em um dos contratos que chega a R$ 94 milhões e envolve a empresa Combat Armor Defense do Brasil Ltda. Os diretores da empresa tiveram a prisão solicitada pelo MPF na denúncia. Além da fraude, as diligências apuram os crimes de corrupção e formação de associação criminosa. A empresa Combat Armor tem matriz nos Estados Unidos, e o proprietário da companhia, Daniel Beck, é apoiador do ex-presidente Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos.
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O MPF encontrou 14 blindados inutilizados na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro parados, em razão de inadequações técnicas. O Tribunal de Contas da União (TCU) também apura a conduta da empresa, que foi citada no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro do Congresso Nacional.
Vasques também é acusado de atuar na organização de blitze da PRF no segundo turno das eleições de 2022. As barreiras, que ocorreram principalmente em cidades do Nordeste, teriam como objetivo atrasar a chegada de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas.
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