A defesa do ex-PM Ronnie Lessa decidiu abandonar o caso após o cliente firmar um acordo de delação com a Polícia Federal, e o tratado ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, os defensores afirmaram que por "ideologia jurídica" não poderiam continuar no caso.
Ronnie foi preso em 2019, acusado de ser o atirador que fez os disparos que mataram a ex-vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. De acordo com informações obtidas pelo Correio, durante oitiva válida pelo acordo, ele citou o nome dos mandantes do crime, ou seja, a ordem teria partido de mais de uma pessoa.
O Supremo informou que foram verificadas as condições para a delação ser aceita, entre elas provas e importância das declarações para elucidação do caso. Os advogados Fernando Santana e Bruno Castro faziam a defesa de Lessa em 12 processos.
"Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado. Nesse cenário, apresentaremos renúncia ao mandato em todos os doze processos que atuamos para ele, ou seja, a partir de hoje não somos mais advogados de Ronnie Lessa", informaram os juristas, em nota.
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