O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, afirmou que o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi um crime político que escancarou as relações entre o crime organizado e a política no Rio de Janeiro. Em postagem no X (antigo Twitter) nesta quinta-feira (14/3) — aniversário de seis anos do crime —, o ex-deputado federal ressaltou a importância de se solucionar o caso.
“O assassinato de Marielle foi um crime político que destampou um bueiro no Rio de Janeiro, onde crime organizado e política se misturam”, escreveu.
Freixo, que ganhou notoriedade com um discurso de combate às milícias e ao crime no Rio de Janeiro, era amigo próximo de Marielle Franco, com quem trabalhou por dez anos. Ainda na postagem, defendeu que a luta por justiça para Marielle também é uma luta por um Rio de Janeiro que não seja dominado pelo crime organizado.
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“Descobrir quem mandou matar Marielle e as motivações do crime é importante não só para todos nós, amigos, familiares e admiradores que a amávamos muito. A nossa luta por Justiça, pela memória e legado de Marielle é também a luta por um outro Rio de Janeiro, que não seja dominado pelo crime”, escreveu.
O assassinato de Marielle foi um crime político que destampou um bueiro no Rio de Janeiro, onde crime organizado e política se misturam.
Descobrir quem mandou matar Marielle e as motivações do crime é importante não só para todos nós, amigos, familiares e admiradores que a… pic.twitter.com/alYZqmKqsz— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) March 14, 2024
Por fim, o ex-deputado demonstrou confiança de que as investigações da Polícia Federal tragam uma resolução para o caso em breve. “Seis anos é tempo demais, mas tenho a convicção que a Polícia Federal identificará os culpados e revelará as motivações dos criminosos”, finalizou.
Debate ideológico
Ainda nesta quinta, Freixo deu uma entrevista ao UOL em que disse que fazer do assassinato de Marielle um debate ideológico é matá-la muitas vezes. A fala foi dada em resposta ao parlamentar — a quem Freixo chamou de “insignificante” — que, durante uma discussão na Câmara dos Deputados, disse que “Marielle acabou”.
“Estamos falando de uma mulher que foi brutalmente assassinada. Fazer deste caso um debate ideológico, de uma disputa de país, é uma tentativa de matar a Marielle muitas vezes”, lamentou Freixo.
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori
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