O Psol avalia entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado bolsonarista Éder Mauro (PL-PA) por seu comportamento ontem na Comissão de Direitos Humanos. O parlamentar fez uma ofensiva contra a deputada Talíria Petrone (PSol-RJ), com gritos, palavrões, batendo na mesa e ofensas a Marielle Franco, cujo assassinato completa hoje seis anos. Seu motorista, Anderson Gomes, também foi morto.
O Correio acompanhou essa sessão na comissão e registrou em vídeo o episódio.
"Marielle Franco acabou, p*. Acabou, acabou. Não tem p* nenhuma aqui", gritava Mauro, apontando o dedo para a deputada.
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Em nota, o Psol informou que avalia levá-lo ao conselho e classificou a postura do bolsonarista como "totalmente incompatível com o que se espera de um parlamentar em um regime democrático".
Para o partido, Mauro foi "extremamente desrespeitoso com a memória de Marielle Franco, covardemente assassinada por causa de sua atuação parlamentar, além de agredir seus colegas de Câmara dos Deputados, que, ainda que representem ideologia diferente da dele, têm o pleno direito à manifestação político-partidária nos termos no regimento interno da Casa, mas foram atacados com agressões verbais e desatinos em uma reação completamente destemperada e incompatível à conduta adequada em uma casa de leis".
O partido também presta solidariedade à Taliria Petrone pelas agressões recebidas.
"Toda a nossa solidariedade à deputada Taliria Petrone e aos demais parlamentares desrespeitados ontem, na Comissão de Direitos Humanos na Câmara por aqueles que não suportam ver mulheres negras pautando a política nacional", diz o texto do partido.
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